10/05/2017

Ainda não estou harmonizado oniricamente.

Olá, internauta!

Esta é outra postagem linear é, pois o meu mundo onírico ainda não está totalmente harmonizado. Ou seja, não superei a insônia que tem me acompanhado nos últimos tempos. Mas, não vou me esconder deste fato ou renegá-lo, suspeito que o melhor a fazer é tentar tirar algum proveito disto tudo.

Caríssimos, ultimamente tenho percebido que só tenho visto alguns lampejos oníricos. Ainda sinto uma impaciência que atrapalha o estado de presença necessário para acompanhar minimamente, a essas visões como antigamente. 

Ás vezes, acontece ao longo do dia a minha mente projeta alguns pequenos trechos de alguma visão que não foram exibidos no meu mundo onírico de madrugada. Mas, eles são ainda mais imprecisos do que os normais.

Hoje, está claro para mim mesmo que a minha insônia é filha do mesmo transtorno que acomete as demais áreas da minha vida. Ou seja, parte da espiritualidade provocou uma sabotagem para evitar que eu abandonasse a solidão.

A minha postura de ermitão é antiga, porém só recentemente tenho me questionado sobre isto. Acho que sempre mantive e pratiquei relacionamentos insanos tanto comigo mesmo quanto com outras pessoas. Inclusive tenho notado que até há pouco tempo a palavra solidão inexistia no meu linguajar.

Aliás, ao longo da minha vida me preocupei muito mais em me preocupar com o que os outros falavam ou pensavam sobre mim do que fazer o que eu acreditava. Ou seja, eu desejava manter uma eterna imagem positiva para os outros em detrimento do meu bem estar.

Isso desencadeou em mim um desconhecimento sobre mim mesmo e sobre o que era o melhor para mim. Além disso, outro medo meu era evitar, esconder e conter tudo aquilo que apresentasse alguma discordância com o que os outros pensasse.

Dessa forma, uma parte da minha espiritualidade começou a fazer uma espécie de confinamento de muitas expressões "estranhas". Ainda, uma vigilância constante sobre os meus atos e expressões espirituais para evitar algum dissabor para os outros.

Isto também acabou cerceando tanto a minha criatividade quanto a minha espontaneidade. Além disso, suspeito de outro movimento de vigilância e controle das frestas que permitiam a comunicação espiritual emissora de sinais de socorro. A minha parte insana ciente do perigo disso tudo provocar ou ajudar numa revolução espiritual, também decidiu interferir nesses setores da minha vida.

Não tenho mais dúvidas que a minha produção onírica também foi dominado por esta estratégia espiritual. Então vejamos: para mim antes de conhecer as terapias sonhar era apenas uma atividade inofensiva. Os sonhos pareciam como algo que acontecia por que era para acontecer.

Mas, a pós ter tido vários processos terapêutico e depois de ter lido o livro A interpretação dos sonhos de Freud passei a valorizar as minhas visões como nunca. Se de um lado conheci a importância de prestar a minha vida onírica, do outro isso acionou uma sabotagem da minha parte medrosa.

Somente anos depois, fora dos consultórios, desconfiei que poderia ter ocorrido uma forma de sabotagem logística. E isso acontecia, por exemplo, impedindo que a minha carreira deslanchasse para eu ter o dinheiro necessário para pagar as consultas.

Não sendo um plano totalmente exitoso, o que sinto é que a outra forma encontra foi a instalação desta inquietude que vem perturbando as minhas visões. Repetindo o que já disse acima, o jeito é saber tirar proveito disso tudo. Bater de frente pode não ser uma tática inteligente.


Um forte abraço e até breve!


M.








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