Nesta página postarei alguns textos meus tanto novos quanto antigos. Em geral, são reflexões são existênciais sobre diversos assuntos. A maior parte desses escritos não possui uma base teórica que embasou as minhas conclusões.
Eles surgiram após algumas especulações sobre algumas questões surgidas após o momento que comecei a fazer terapia. Não procuro "forçar a barra" espiritualmente para que eles aflorem. Em geral, começo a perceber que eles nasceram quando não paro de falar sobre algum assunto tanto para mim quanto para outras pessoas sistematicamente.
Mas como não sou achólogo, sempre citarei as fontes de outros autores quando necessário. Já aconteceu de eu falar de alguma coisa e depois eu descobrir que alguém falou algo semelhante. Tanto em livro quanto em vídeos. Tenho a convicção que nestes escritos procuro praticar o máximo o pensamento livre de vícios e preconceitos.
Alguns textos que postarei aqui não são inéditos. Alguns amigos já tiveram acesso a eles. Vale destacar que já recebi algumas opiniões positivas do pouco que escrevi.
O primeiro falará sobre uma reflexão pessoal que me levou a criar um mantra para o ano de 2011. Pode parecer absurdo para muitos, porém para mim havia algum sentido espiritual importantíssimo.
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Morfeu
e sua insônia
Os efeitos de uma crença na minha vida
Aqui resumirei a crise existencial que se aprofundou em
2014. E isso afetou tanto o meu sono quanto a minha saúde onírica.
A partir desta data não tive como não ver uma crise
emocional. Dessa vez, ela era diferente, pois não consegui mais esconder dos
meus próprios olhos o fundo do meu poço. A seguir mostrarei como esta obra foi
construída por mim mesmo com muito requinte por décadas.
Na minha juventude sempre fui seguidor de uma suposta trajetória
de sucesso incorpórea. Apesar de ambiciosa e perfeita, no fundo ela nunca
conseguiu me convencer de que havia algo de comprometedor nas suas grandiosas
promessas. E que nem todos os resultados prometidos seriam todos positivos.
E, esta orientação também era intolerante e temia
qualquer ideia de tirada do pé do acelerador por um instante sequer. Nem quando eu
havia conseguido feitos considerados por mim como o máximo quando entrei numa
universidade de primeira linha.
Diante da pressão, preferi acatar quase tudo integralmente para depois não se arrepender e ser considerado medroso. Foi por isso que fui dando inúmeras
prorrogações de prazo para o meu plano perfeito ao longo dos anos. Quando eu pensava em negar a mesma voz interior sempre me
confortava e suplicava para que eu não estragasse tudo. Ainda, sempre
me vendeu que no futuro a riqueza era certa, capaz até de compensar os tropeços e machucados
que eu sofresse na jornada.
Só que chegou aquele momento em que você percebe que
talvez a condecoração não venha, pois você cometeu inúmeros deslizes durante a
maratona. E que tal plano perfeito era uma ilusão e que quem bancou o tonto no enredo havia sido eu mesmo. Ainda, que eu não seria mais tão ingênuo para fugir dos resultados e investir nas prorrogações de prazo.
Também noto que a frustração e a desesperança são alguns
dos efeitos colaterais deste planejamento juvenil. Sem contar que passei a me
achar o maior idiota do mundo ao ter caído num golpe da busca pelo pódio
amaldiçoado. Outro arrependimento foi o de que tudo o que vivo agora poderia
ter tido outro espectro colorido.
Resumo da ópera: sacrifiquei a minha juventude para
algum “status” totalmente alienígena. Contudo, agora posso
trabalhar para ter outra chance de dar a volta por cima.
Talvez algum leitor possa pensar que sou convencido e
sempre me achar uma máquina de sonhos, o que não é verdade. Mas, com esta crise
onírica cheguei a temer por seus efeitos colaterais negativos atrapalhassem de
vez a minha capacidade de sonhar. Levando em consideração que neste período, as
visões que pareciam mega produções viram algo parecido com curtas de um minuto.
Aprendi com Freud que os sonhos são uma forma de
pensamento. Dessa forma, mesmo que eu não os compreenda imediatamente, faço o
registro deles. Pela minha experiência pessoal sei que com o tempo vou
decodificando as minhas mensagens oníricas. Então, me deparei que uma forma de
comunicação espiritual estava com alguma sujeira.
Aliás, nem as técnicas de indução de sonhos lúcidos
funcionavam, pois a irritação era um grande obstáculo para que isso também
acontecesse. Além disso, a irritação e a impaciência não me deixavam me
concentrar nas técnicas que aprendi.
Sinto que somente no segundo semestre de 2015 que
notei uma melhora espiritual com apoio externo. Felizmente encontrei vários
profissionais que trabalham com a espiritualidade via internet. Com isso chego até sentir outro alívio que a
fonte dos meus sonhos não havia secado.
Postado em 09/01/2016
Os efeitos de uma crença na minha vida
No inicio pensei em fazer um texto curto sobre este assunto. Mas antes de terminar o mês de dezembro de 2011, busquei outros escritos meus numa das minhas caixas postais. Foi então que encontrei uma referencia sobre como havia encontrado o meu mantra de 2010.
Um dos meus princípios era que nesse ano eu deveria tomar cuidado com palavras negativas que começassem com a letra T. E também até fiz uma lista de quais tipos seriam.
Agora em 2011, eu supervisionava o trabalhava outros colegas nas ruas de Sampa. De repente, num momento de raiva disse para um deles não persistir tanto com as pessoas que nem nos ouvia. Já que elas possuíam um vocabulário de pobreza. E em seguida, exemplifiquei que na cabeça dessas pessoa rolavam o seguinte pensamento: “ essa pessoa estranha vai tirar o meu sossego”, ou “vai tirar algo de mim”.
Fui questionado pelos meus colegas sobre as bases deste pensamento. Então, enfatizei para os meus interlocutores que era só prestar à atenção no discurso de qualquer pessoa. Caso ela invocasse sempre o verbo tirar com uma desculpa, ela possuía um bom vocabulário de pobreza.
Sei que ao longo dos dias esta questão não saiu mais do meu dia-a-dia. Então bateu acendeu uma luz de alerta do meu desconfiômetro interno. Suspeitei que aquilo era mais próximo de mim do que eu imaginava.
Agra mesmo quando escrevi me veio outro exemplo disso na minha vida que ainda não havia feito uma conexão com isso. Foi uma vez quando houve a formação de uma chapa de uma entidade no meu curso de graduação. Trabalhei bastante junto com meus amigos na elaboração concreta da idéia.
A coisa foi bem até que em um determinado momento, eu teria que assumir a responsabilidade administrativa. Subitamente, comecei a ter pesadelos pois para algo interno meu dizia que aquele cargo “Tiraria” o meu sossego acadêmico.
Só tive tranquilidade quando anunciei aos meus colegas que não aceitaria aquele cargo e ponto. Agora sei o quanto eles e muito menos eu sabiam dos verdadeiros motivos que me obrigaram a fazer aquilo meio que por instinto.
É melhor citar apenas esse exemplo, pois sei que outros eventos semelhantes aconteceram na minha vida. Sempre mantive a mesma postura de que deveria impedir algo ou alguém viesse tirar alguma coisa de mim.
Ainda que isso sei que isso foi uma forma de recusa. Ou seja, eu já dizia para o Universo: “se algo aparecer para mudar a minha situação, melhor que nem chegue perto”.
Hoje sei que isso nasceu de alguma crença pessoal. E na verdade ninguém tiraria nada de mim se não for permitido. Mas de alguma forma sei que deixei de fazer escolhas mais profundas e interessantes na minha vida. Também sou capaz de entender que a vida nem sempre e surfar em ondas calmas. De repente, podem aparecem aquelas tsunamis que arrasam tudo a sua frente. Mas depois vem a renovação.
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Como nasceu o meu mantra de 2010
Ainda não sei exatamente por qual razão isso surgiu na minha mente no início deste ano. Mas tenho notado que isso esta cada vez mais presente nos momentos de reflexão sobre a minha vida.
Esse mantra nasceu no período em que morei no Rio de Janeiro no final de 2009. O que primeiro chamou a minha atenção foi que no início de 2008, também de forma espontânea comecei a dizer a mim mesmo: “sairei de 2009 renovado”.
Isso foi uma forma que encontrei para debelar os efeitos negativos da Crise Financeira Mundial na minha vida. Notei que aquilo era um aviso da Vida de que eu precisava mudar de atitude. Só assim nasceria um novo ser humano capaz de lidar com as futuras tormentas.
Nesse período fiquei tão entretido em superar as adversidades, que nem pensei em fazer qualquer tipo de divulgação daquele mote pessoal.
Pouco tempo depois fui surpreendido com uma proposta de trabalho no Rio de Janeiro, o que significou uma “injeção de ânimo“. Satisfeito com esses resultados positivos, decidi que divulgaria o meu novo mantra. O seu conteúdo é: “em 2010, viverei e administrarei as coisas boas e ruins que começam com a letra T”.
Os primeiros interlocutores quando ouviam o meu lema expressavam um certo espanto e incredulidade. Também, dito assim de supetão, ele não demonstrava ter nexo algum. Então, na etapa seguinte apresentava todos as evidências que pautavam o meu raciocínio.
Aprendi com um grande mestre que: “não adianta ter uma grande idéia, se ela for mal apresentada”. Não escondi que no início, também fiquei um pouco ressabiado com aquilo. Depois de ter investido um bom tempo de reflexão sobre o assunto, conclui que havia algo há mais do que uma mera coincidência.
Pelo lado subjetivo pouco me importava se os meus interlocutores acatariam ou não os meus argumentos. Pois para mim o mais importante era a minha fé de que aquilo aparentava ter algum fundo de verdade.
Além disso, eu teria o ano inteiro para exercitar tudo aquilo. Nessas conversas também fazia uma coleta de palavras num rascunho que em casa, eram digitadas num arquivo de texto. Pois desde o início tive a pretensão de fazer alguma coisa com isso tudo num momento mais tranquilo do ano.
Foi esse espanto e reciprocidade que encontrei nas pessoas que me encorajaram a escrever um texto sobre isso sem pensar em críticas ou pudores.
Tudo começou num final de tarde em que eu e algumas colegas de trabalho conversávamos na sala sobre os problemas que tivemos durante o dia. Uma delas estava furiosa com uma tragédia que tinha acontecido no trabalho dela.
Depois de ouvi-la atentamente, levantei do sofá e disse-lhe: há muitas coisas ruins que começam com a letra “T”. Elas me olharam como se quisessem uma explicação para aquele absurdo que acabara de ser dito por mim.
Expliquei que até mesmo em outras línguas, a letra T foi utilizada para nomear alguns efeitos catastróficos, como por exemplo, tsunami. Esse termo japonês – até pouco tempo atrás era desconhecido popularmente – tornou-se corrente no nosso cotidiano, depois de um deles ter arrasado um país asiático há alguns anos.
As minhas colegas riram no início. Mas logo em seguida, disse-lhes outra palavra ruim que começava a mesma letra. Sem premeditar, provoquei um ”toró de parpites“ de palavras negativas que começavam com a letra T. Também frisei que ”toró“ que acabara de acontecer também poderia ser citado como um exemplo da nossa conversação.
Na verdade, elas não sabiam que há dias eu estava com aquilo na cabeça. Agora que escrevo vem antigas imagens de outras crises. Chama-me a atenção agora, o fato de eu dizer para os outros de que a minha vida estava sob a influência da Tsunami, da Turbulência e da Tempestade.
Dias antes de me abrir com as minhas colegas de trabalho, o que ficou em evidência foi à semelhança da letra. Agora que escrevo este texto foi que consegui ver que há também uma metamorfose de algumas “forças da Natureza”. Diga-se de passagem, sempre em fúria.
Dias depois a minha percepção sobre o assunto ganhou uma dimensão maior do que eu pensava. Nisso eu já tinha reformulado a questão da seguinte forma: “porém, existem palavras que também começam com a mesma letra e, que a meu ver, teriam o poder de impedir, curar ou atenuar os efeitos devastadores do primeiro grupo”.
Então, imaginei que seria possível fazer uma separação lógica-espiritual destas palavras ou expressões que começam com a letra T em três grupos. Acreditava que isso não seria uma missão impossível, eu só precisaria de t........empo.
Na parte prática, neste ano pedirei ao Universo para que ele me traga mais coisas boas na minha vida que comecem com a letra T. Deverei ser esperto para também saber aproveitá-las quando elas aparecessem ao acaso. Como a minha estadia no Rio de Janeiro que apareceu de repente e era algo que estava sendo extraordinário. Então esse grupo representaria o pólo positivo dessa letra.
Mas há um grupo especial de palavras que também começam com a letra T, porém ele é volúvel e variável. Então neste caso terei que administrá-lo com muita sabedoria. Ou seja, desenvolver um sistema de detecção de terremotos, tufões, tsunamis, turbulências, tempestades, ou tormentas para que eles não atrapalhem ou atravanquem a minha vida.
Dessa forma, estar atento para que as manifestações objetiva ou subjetiva de outrem não desloquem a Força para o lado negativo da conotação das palavras que começam com a letra.
O meu raciocínio delineou a seguinte questão: suponha que você no próximo ano tenha uma chefe com sérios problemas de TPM, o que devo fazer? Simplesmente terei que cuidar para que esse estresse ilegítimo não venha afetar o meu trabalho. Além disso, a tempestade também tem o seu lado positivo por meio da renovação. Quando um raio cai na floresta e queima a biodiversidade.
Ou quando a água que molha a terra depois de uma longa seca, ou enche os reservatórios naturais ou humanos de água. Então não é impedir o nascimento das tempestades e, sim não ser totalmente extinguido por ela.
Das conversas com meus amigos e conhecidos fiz um rol de palavras aleatórias do primeiro grupo que serão bem-vindas neste ano. Sem dúvida que outras poderão surgir a qualquer momento. Conforme segue abaixo:
Tesão, transa, trepada, tempo, temperança, tempero, terapia, temperamento, ti amo, tolerância, transformação, transparência, travesseiro, turismo, texto, “tirar o meu da reta”, Turandot, tutano e tônico, ternura.
Alguns exemplos do segundo grupo seriam:
Traição, traíra, tragédia, terror, titubear, tufão, tormenta, tolo, tonto, tolice, trouxa, tristeza, tormento, transtorno, TPM, tontura, tapa, tubo, tifo, tarde, trator, trevas, tumulto, tosse, trucidar, trabalho, thunder, Thor, tapado, tiroteio, torrar, turvo, tripanossomas cruzi, tira-gosto, tolher, trovoada, tempestade, tirano, tirania, torto, tabu, tonel, tragicômico, torcicolo, tosar, torrar, turvar, triturar, tensão e tímido.
Sei que o meu mantra terá sua validade testada durante o ano. Então verei com clareza se houve alguma coisa positiva ou não. Mas, algo me diz que talvez esses são os primeiros de uma longa série.
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