13/06/12 - Hoje falarei um pouco sobre as gostosas leituras que fiz do livro: A História do Mago Merlin de Dorothea e Friedrich Schelegel; [tradução de João Azenha Júnior], Editora Martins Fontes, Coleção Gandhara, 2001.
Esta obra narra, a vida, as obras e os pensamentos deste famoso mago, que ainda exerce um grande fascínio na Humanidade até os dias atuais.
Quando li esta obra pela primeira vez, o que me chamou à atenção foi a incrível velocidade com que devorei esta obra. Durante um dia e meio, uma força estranha me impediu de fechá-lo literalmente.
Quando fui devolvê-lo à biblioteca pública do meu bairro "calhou" de eu ser atendido pela coordenadora geral. Nesse momento, lhe fiz um comentário empolgado sobre o estranho fenômeno que senti espiritualmente durante a leitura desta obra. Quando a coordenadora foi dar baixa no sistema ela se assustou. Em seguida, me perguntou como eu havia lido tão rápido aquela obra. Sendo que um livro com quase duzentas páginas.
Mas, imagino que devo ser um exímio vendedor, pois dias depois, a coordenadora me confessou que ela não resistiu e retirou esta obra naquele mesmo dia. E para a surpresa dela, ela foi tomada por uma estranha obsessão. De tal maneira que ela teve que dizer a si mesma durante a madrugada que ela necessitava dormir para poder levantar no seguinte para trabalhar.
Ainda, segundo a coordenadora da biblioteca, ela me disse que entendeu o que havia descrito dias atrás. Em seguida, disse-lhe jocosamente: "não poderia ser diferente, pois ser um livro que fale da vida de um mago, não esconda alguma forma de magia".
Já afirmei em outro texto aqui o quanto a segunda do outro livro, Rei, Mago, Guerreiro e Amante, foi de suma importância para o meu entendimento sobre os arquétipos. Motivado pela curiosidade fui confirmar se as evidências do arquétipo do Mago timbravam em ambas as obras.
Só que nesta obra, encontrei referências além da magia e próximas do universo onírico. Segundo o livro, o Mago é filho de Satanás e uma virgem muito devota a Deus, por isso ele foi concebido de forma onírica. O que me chamou à atenção foi que essa passagem passou desapercebida na primeira leitura.
Quando a mãe de Merlin descobriu o que aconteceu na noite anterior, ela vai desconsolada em busca do seu tutor espiritual. Segundo ela,
"em sono [grifo nisso], sentira ter sido desonrada sem ter conhecido um homem, algo que só podia supor, pois a porta de seu quarto estava bem trancada e ela não entrara ninguém lá dentro." (p. 11).
Mais adiante, encontrei algumas características do arquétipo da criança precoce. Entre elas, o fato de Merlin ter começado a falar mais cedo do que as crianças normais. Depois anos mais tarde ele será o tutor e conselheiro do lendário Rei Arthur.
Parece que tal qual Morfeu, Merlin tem preferência por disfarces. Não sei se é pela razão de ambos por serem entidades concebidos na esfera onírica ou não. Pensei com meus botões se ambos os personagens não sejam a face da mesma moeda?! Então quem será que inspirou quem?!
Depois dessa leitura já não tenho dúvida de que os arquétipos existem mesmo. E, que ao longo da minha própria vida tenho tido contato com eles de forma ignorante. Além disso, não teve como me espantar novamente do momento em que identifiquei a existência de um alter-ego externo, conforme relatado em outro texto.
Então, especulei a seguinte hipótese: será que tal qual no passado eu ainda consiga captar outros Merlins semelhantes a mim e também vice-versa?
Bem, desconfio que pela experiência de vida que tenho, pelo menos já topei com uma pessoa que possue o arquétipo do Guerreiro de forma mais exacerbada. A identificação não foi imediata e sim depois que descobrimos o fascínio pelo filme Gladiador.
Além disso, por quais motivos não fui abordado por outro "Mago" ?. Creio que por ter sido uma criança medrosa, talvez eu deva ter me precavido. Ou seja, devo ter criado alguma capacidade egoística de impedir alguns possíveis rastreios de outrem, por meio de algum campo espiritual ou coisa assim.Dessa forma, eu controlo a situação enquanto os outros nem desconfiem da minha agenda oculta.
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25/4/2012 - No mês passado reli o livro Rei, Guerreiro, Mago e Amante: a redescoberta dos Arquétipos do Masculino. De Robert Moore e Douglas Gillette, publicado pela Editora Campus, 1ª Reimpressão.
Algum tempo depois avancei na caminhada recebi outra mensagem espiritual que continha a seguinte charada: “alguma coisa no seu ambiente familiar atrapalhou o teu desenvolvimento".
Hoje, agradeço o fato de ser um nerd, pois naquele momento, lembrei que o único local que poderia obter uma informação rápida e precisa, seria na biblioteca pública da cidade.
Por alguns anos me senti de alguma forma culpado por aquilo. Já que algo misterioso nos envolvia e eu não tive coragem de dizer nada para ele em vida.
Hoje dia 29 de janeiro de 2012, abordarei alguns temas que considerei importantes no livro A interpretação dos sonhos de Sigmund Freud, da Coleção Folha: livros que mudaram o mundo, v. 3.
Esta obra narra, a vida, as obras e os pensamentos deste famoso mago, que ainda exerce um grande fascínio na Humanidade até os dias atuais.
Quando li esta obra pela primeira vez, o que me chamou à atenção foi a incrível velocidade com que devorei esta obra. Durante um dia e meio, uma força estranha me impediu de fechá-lo literalmente.
Quando fui devolvê-lo à biblioteca pública do meu bairro "calhou" de eu ser atendido pela coordenadora geral. Nesse momento, lhe fiz um comentário empolgado sobre o estranho fenômeno que senti espiritualmente durante a leitura desta obra. Quando a coordenadora foi dar baixa no sistema ela se assustou. Em seguida, me perguntou como eu havia lido tão rápido aquela obra. Sendo que um livro com quase duzentas páginas.
Mas, imagino que devo ser um exímio vendedor, pois dias depois, a coordenadora me confessou que ela não resistiu e retirou esta obra naquele mesmo dia. E para a surpresa dela, ela foi tomada por uma estranha obsessão. De tal maneira que ela teve que dizer a si mesma durante a madrugada que ela necessitava dormir para poder levantar no seguinte para trabalhar.
Ainda, segundo a coordenadora da biblioteca, ela me disse que entendeu o que havia descrito dias atrás. Em seguida, disse-lhe jocosamente: "não poderia ser diferente, pois ser um livro que fale da vida de um mago, não esconda alguma forma de magia".
Já afirmei em outro texto aqui o quanto a segunda do outro livro, Rei, Mago, Guerreiro e Amante, foi de suma importância para o meu entendimento sobre os arquétipos. Motivado pela curiosidade fui confirmar se as evidências do arquétipo do Mago timbravam em ambas as obras.
Só que nesta obra, encontrei referências além da magia e próximas do universo onírico. Segundo o livro, o Mago é filho de Satanás e uma virgem muito devota a Deus, por isso ele foi concebido de forma onírica. O que me chamou à atenção foi que essa passagem passou desapercebida na primeira leitura.
Quando a mãe de Merlin descobriu o que aconteceu na noite anterior, ela vai desconsolada em busca do seu tutor espiritual. Segundo ela,
"em sono [grifo nisso], sentira ter sido desonrada sem ter conhecido um homem, algo que só podia supor, pois a porta de seu quarto estava bem trancada e ela não entrara ninguém lá dentro." (p. 11).
Mais adiante, encontrei algumas características do arquétipo da criança precoce. Entre elas, o fato de Merlin ter começado a falar mais cedo do que as crianças normais. Depois anos mais tarde ele será o tutor e conselheiro do lendário Rei Arthur.
Parece que tal qual Morfeu, Merlin tem preferência por disfarces. Não sei se é pela razão de ambos por serem entidades concebidos na esfera onírica ou não. Pensei com meus botões se ambos os personagens não sejam a face da mesma moeda?! Então quem será que inspirou quem?!
Depois dessa leitura já não tenho dúvida de que os arquétipos existem mesmo. E, que ao longo da minha própria vida tenho tido contato com eles de forma ignorante. Além disso, não teve como me espantar novamente do momento em que identifiquei a existência de um alter-ego externo, conforme relatado em outro texto.
Então, especulei a seguinte hipótese: será que tal qual no passado eu ainda consiga captar outros Merlins semelhantes a mim e também vice-versa?
Bem, desconfio que pela experiência de vida que tenho, pelo menos já topei com uma pessoa que possue o arquétipo do Guerreiro de forma mais exacerbada. A identificação não foi imediata e sim depois que descobrimos o fascínio pelo filme Gladiador.
Além disso, por quais motivos não fui abordado por outro "Mago" ?. Creio que por ter sido uma criança medrosa, talvez eu deva ter me precavido. Ou seja, devo ter criado alguma capacidade egoística de impedir alguns possíveis rastreios de outrem, por meio de algum campo espiritual ou coisa assim.Dessa forma, eu controlo a situação enquanto os outros nem desconfiem da minha agenda oculta.
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25/4/2012 - No mês passado reli o livro Rei, Guerreiro, Mago e Amante: a redescoberta dos Arquétipos do Masculino. De Robert Moore e Douglas Gillette, publicado pela Editora Campus, 1ª Reimpressão.
No começo de março deste ano, lembrei que foi a três anos que topei com esta obra pela primeira vez na biblioteca do meu bairro. Ainda que naquela época, o livro impactou positivamente a minha vida. Do seu conteúdo encontrei algumas explicações razoáveis para alguns tropeços que dei ao longo da minha vida.
De repente, senti um desejo de relê-la. Já nas primeiras páginas, me deparei com a triste constatação de que o meu inconsciente quase sempre se situou nos pólos sombrios dos arquétipos. Também que as configurações positivas dos mesmos quase sempre apareceram de forma esporádica.
Então, recortarei aqui alguns episódios da minha vida que corroboram assombrosamente o que acabei de afirmar acima.
Bem, por volta dos 11 a 12 anos, aconteceu uma profunda mudança na paisagem rural onde cresci no Interior Paulista. Muitos sítios circunvizinhos cediam lugar aos núcleos habitacionais populares
Certo dia, eu caminhava sozinho a esmo por um desses novos bairros. Não pensava em nada naquele momento. Quando olhei para um quarteirão vizinho avistei um garoto loiro.
De repente, fui alertado de supetão por uma voz interior que me disse: "olha você ali". Congelei no mesmo instante. Também fiquei estarrecido e descrente daquele recado. A minha reação foi negá-lo para prosseguir, tranquilamente, a minha marcha.
Vale destacar que sempre tive o costume de receber esse tipo de mensagem. Desde que eu me conheço sempre procurei lugares ermos para travar longos diálogos comigo mesmo, inclusive para esclarecer esses tipos de informações.
Contudo, o meu inconsciente reenviou o mesmo aviso espiritual. Diante de tal constatação tentei juntar "lé com cré". Mas notei que aquele assunto não seria resolvido em alguns minutos ali no meio do passeio público. Então, segui o meu caminho intrigado com aquela revelação assombrosa.
Diante disso, me questionei internamente: “qual atitude deverei tomar dali para frente?". Não decidi nada naquela hora. Toquei a minha vida com aquele enigma interno.
Algum tempo qualquer passou, até que outra mensagem espiritual trouxesse uma solução inusitada. Ela simplesmente disse: "seja amigo dele". Fui convencido de que daquela forma eu “mataria dois coelhos com uma cajadada só”. Assim, eu não romperia com aquilo que atrapalhava o meu desenvolvimento espiritual. Além disso, restabeleceria o conforto espiritual rompido com aquela descoberta. E, assim eu tocaria a minha vida num “mar de tranquilidade”.
No decorrer dos anos, descobri outras coincidências em nossas vidas: éramos primogênitos, xarás, possuíamos a mesma idade, porém não nascemos no mesmo dia do mês. Desconfiei que a Vida tratou de nos aproximou por conta própria e por algum motivo assombroso.
Durante a nossa adolescência houve uma aproximação maior, em função do Serviço Militar e cursinho pré-vestibular. Até fomos integrantes da mesma equipe por um curto período de tempo.
Nessa época, o meu xará já possuía habilitação. Então, ele sempre me deu carona tanto para o quartel quanto para o cursinho. Só nós separamos, pois mudei de cidade depois que fui cursar a graduação em outra cidade.
Anos mais tarde, numa tarde de dezembro qualquer, marchei pelo centro da cidade onde cresci a esmo. De repente, topei com um amigo qualquer da turma do Serviço Militar. Depois de ter decorrido um bom tempo de papo, o meu interlocutor anunciou que alguém da nossa Turma havia morrido. Fiquei assustado. Mas ele me explicou que também havia ouvido falar.
De repente, o meu inconsciente resgatou da memória o painel de mini fotos que existe na última seção do meu álbum de formatura. Em seguida, meus ex-companheiros foram separados em dois grupos. No primeiro constaram todos aqueles com os quais eu possuía mais afinidade. Justamente, os que tivessem sido poupados pela Morte. Já no outro, ficaram aqueles que não fariam diferença nenhuma caso alguém fosse ou tivesse falecido. E, prossegui a minha marcha despreocupadamente.
Algum tempo depois, topei com outro amigo e ex-soldado. E, curiosamente, ele também me deu a mesma notícia. E, tal qual o outro ex-atirador, ele também não sabia quase nada sobre a fatalidade. Discretamente, no meu íntimo reforcei as minhas preces para que ninguém pertencente ao meu círculo predileto fosse o infeliz.
Mais à frente, topei com o terceiro ex-atirador da minha turma. Ele também estava mal informado. Então, naquele momento senti que lá no fundo da minha alma acendeu uma luz vermelha. Logo entendi que não ficaria sossegado enquanto eu não esclarecesse de vez aquele mistério.
Imediatamente, desviei o meu trajeto para lá. Depois busquei os jornais do mês nas estantes. Depois os espalhei sobre uma grande mesa de madeira antiga. Em seguida, me debrucei sobre aqueles exemplares a procura das páginas policiais.
Até que finalmente encontrei o noticiário que me me trouxe o que eu mais temia. Vi o nome do meu xará lá estampado. Foi uma fatalidade. Ele havia saído de um churrasco da empresa numa chácara afastada da cidade. A velha dupla álcool e volante, realmente não combinam. Certamente, ele deve ter tido um apagão enquanto dirigia e o carro desgovernado saiu da estrada. Por fim, o veículo foi de encontro a uma árvore.
Passei um final de ano perturbado espiritualmente. Eu queria saber que rumo eu dar a minha vida, já que algo que meu que eu via em outra pessoa já não estava mais disponível. Sei que num momento qualquer recebi outra mensagem espiritual: "agora você deverá encontrar dentro de você o que você via nele".
Foi então decidi que deveria dar continuidade a terapia que eu havia feito naquele último semestre.
Hoje, nesta segunda leitura deste livro compreendi que os meus arquétipos trabalharam tanto contra quanto a meu favor. Se por um lado, um deles me avisou sobre o meu desenvolvimento precário. Por outro, notei um deles trouxe uma solução cômoda.
Ainda, durante esta última leitura, identifiquei a Criança Divina que fui o Mago e sua sombra o Inocente Negador e mais o Príncipe Covarde. E também sei que por algum vacilo no meu inconsciente, o Mago foi o arquétipo que mais se regenerou e também tem procurado fazer o mesmo com os demais.
Outro exemplo positivo foi quando assistir o filme "Gladiador" no cinema. Fui tranquilo até a sala, pois não sabia quase nada além do "trailer". Sei que quando saí do cinema, senti que por algum motivo desconhecido aquele filme havia me perturbado.
Alguns tempo depois assisti novamente o filme em DVD e notei que a sensação era semelhante a do cinema. Na próxima seção de terapia comentei isto com a minha psicóloga. Então, ela concluiu que eu havia me identificado com o personagem. Ainda fez outras co-relações.
Hoje, já sei que de uma forma leiga tive contato com o arquétipo do Guerreiro tal qual foi descrito nesta obra. Agora entendo, as razões que me levam a ouvir a música tema quando estou meio cabisbaixo.
Também ilustrarei outro fato recente que me aconteceu durante um dia de trabalho. Num determinado momento abordei um cara para fazer a entrevista com ele. Convidei-o duas vezes e ele aceitou sem objeções.
No meio o trabalho notei que ele não queria que eu lesse as frases dos questionários inteira. Mas ele sempre me interrompia com alguma observação irônica quando mostrava algumas fotos de um "merchandising". Depois me disse se iria demorar. Não dei muita bola e continuei.
Algum tempo depois a criatura me questionou novamente se a entrevista demoraria. Então lhe disse que tomaria dele mais alguns minutos. E, o alertei de que no início eu o havia convidado duas vezes para a pesquisa. Ainda, que ele poderia ter me dito não, já que neste trabalho, isso faz parte.
A criatura retrucou e disse que eu não havia falado o tempo da pesquisa na abordagem. Então falei que não sou instruído a fazer isso caso o entrevistado me pergunte. Na sequência falei que ele deveria saber que eu não estava ali à toa. Muito menos para atrapalhar a vida de alguém.
Em seguida, o entrevistado me falou que eu era para continuar, porém disse-lhe não, pois ele era uma pessoa NEGATIVA. Ainda, que eu não compartilho a minha energia com este tipo de indivíduo.
O respondente ficou atordoado e me questionou se ele era realmente uma pessoa negativa. Furioso, reafirmei o que eu havia dito.
Quando olhei para o respondente, alguns metros longe de mim notei que ele ficou todo desconcertado. E eu também. Algo me deixou com uma pulga atrás da orelha durante o dia.
Outro fato curioso que me chamou à atenção foi que o esperado era ter chamado o respondente de pessoa maligna. Já que costumo utilizar este termo, sempre que encontro alguns atrapalhadores da vida alheia. Friso aqui que não costumo ser mal educado como os respondentes. Este foi apenas um caso que extrapolou em muitos os meus limites.
Então lembrei que já havia lido na internet que negócio é uma palavra composta, cujo significado é negar o ócio. Então negativa, seria negar alguma coisa ou parcela ativa.
Em seguida, lembrei que neste livro eu havia visto várias pirâmides que os autores representaram os arquétipos. E nas partes das sombras havia os sinais dos pólos positivo e negativo.
Dessa forma, entendi o quanto sou uma pessoa também negativa. E, aquele respondente panaca me serviu para extravasar um pouco algo interno que me irritava tanto. Ou seja, uma verdade que, agora, o Mago me falou de forma indireta.
E que algo do meu inconsciente infantil, projetou uma espécie de alter-ego meu em outro garoto com a expectativa de que eu mudasse o curso da minha história pessoal. E, assim me poupar de tantos tropeços.
Sei que ainda há muito tempo para fazer muita coisa. Também ainda não descobri plenamente o que eu vi naquele xará quando fui um pré-adolescente. Mas desde o momento em que a Vida cortou mais um cordão umbilical da minha espiritualidade, tenho me esforçado para reinventar a minha vida. Creio e espero que não me decepcione que tudo isso deve ter algum motivo nobre muito além da dor que isto tem provocado.
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Hoje dia 29 de janeiro de 2012, abordarei alguns temas que considerei importantes no livro A interpretação dos sonhos de Sigmund Freud, da Coleção Folha: livros que mudaram o mundo, v. 3.
Por saber da importância que esta obra ainda tem até os dias atuais, fiquei receoso em dar início a essa empreitada. Talvez por nunca ter conhecido alguém conhecedor da obra que eu pudesse trocar figurinhas sobre a linguagem freudiana.
Mas esse preconceito evaporou já nas primeiras páginas. Fiquei surpreso ao constatar que Freud foi possuidor de um elevado grau cultural. Ele sempre citou uma infinidade de trechos operísticos, mitológicos e literários. Nessas passagens, aproveitei para dialogar com as minhas próprias leituras que fiz de algumas obras utilizadas por Freud.
Um caso ilustrativo foi quando ele explanou sobre a representação do estado da situação da estrutura psíquica infantil quando nos tornamos adultos. Freud recorreu aos primórdios da mitologia grega. Quando os deuses gregos liderados por Zeus (estrutura psíquica adulta), aprisionaram os Titãs (estrutura psíquica infantil) sobre uma estrutura montanhosa. Já me referi no texto abaixo que li em 2011 a Coleção Mitologia Helênica de Menelaos Stephanides, publicado pela Editora Odysseus.
Mas segundo o autor essa estrutura infantil seria radioativa. Ou seja, essa instância mantém a sua meia vida durante a vida adulta. E mesmo soterrada, suas emanações são geradoras de sonhos. Por outro lado, também pode acontecer que a estrutura adulta elabore sonhos que procurem realizar o desejo de exterminar alguns impulsos infantis considerados impuros, inadequados, que teimam em se manifestar na vida adulta.
Isso me fez pensar sobre a quantidade de sonhos que tenho tido. A maioria deles sempre destaca ao meu passado rural, Atualmente, apesar não morar mais no local em que cresci há décadas. Desconfio que essa minha camada de pré-sal psíquica constitui uma grande mina que terei que tanto garimpar quanto mineralizar.
Esse e outros exemplos que aparecem ao longo da obra serviram para criar uma identificação pessoal com o autor. Sempre tive em mente que ao pegar para ler um livro poderei extrair dele alguma coisa útil que poderá ser utilizada tanto na minha vida pessoal quanto profissional. E isso tem surpreendido as pessoas. Sempre ouço as pessoas: “como você consegue isso?”.
Isso me relembrar de uma experiência profissional positiva que tive enquanto educador social num projeto de educação profissional financiado pelo Poder Público. Numa conversa com meus educandos, um deles me fez uma observação curiosa. Segundo, ele de todos os professores que passaram por aquela sala, eu havia sido o único que mostrou convicção nas minhas ações tanto práticas, quanto teóricas.
Outra questão importante foi em relação a forma dos relatos oníricos feitos por Freud. Notei que o que aprendi com os meus mestre atuais dessa arte narrativa também beberam dessa fonte. Constatei isso no título inicial em que é feita datação da noite do sonho de tal a tal. E, a linha temporal em que sonhador se remete ao passado para fazer a narrativa onírica, isto é, “estive”, “visitei”, etc.
Outros assunto que me chamou à atenção na teoria dos sonhos apresentados por Freud foi de que os sonhos são a representação de algum desejo. No livro fica evidente que isso foi um paradigma inovador, porém também sofreu contestações.
Outro assunto esclarecedor foi saber por quais razões nos meus sonhos e do restante da Humanidade aparecem coisas absurdas. Antes de ler esta obra sempre achei que um sonho deveria ser o mais racional possível.
Desde então, tenho meditado bastante sobre essa tese freudiana nesta obra para explicar as forças que operam na minha realidade. Até mesmo para evitar alguns sobressaltos e más interpretações equivocadas que fazia quando acordava. Por inúmeras vezes fiquei abalado o dia inteiro por ter visto determinadas sentimentos, comportamentos ou desejos ao longo de um sonho.
De acordo com o que entendi da teoria dos sonhos, entre o campo gerador do sonho até sua exibição na instância propriamente dita dele, há uma espécie de estrutura intermediária ou uma barreira. Freud deu-lhe o nome censura. Ela se forma no nosso convívio familiar e social que nos inunda com proibições e censuras, dissimulações, etc.
Reescreverei o que Freud explicou com as minhas próprias palavras. Assim, quando o projetor do gerador dos sonhos emite a luz com a imagem integral do filme, a censura trabalha no sentido de distorcê-la antes de chegar a tela. Ou seja quando ela chega até nós espiritualmente veremos ou participaremos de coisas que nos pareceram absurdas ao longo do sonho.
Com base no que li, entendo agora a terapia como uma espécie engenharia reversa do sonho. O terapeuta ao estimular a fala do paciente durante a sessão, isso permite que este último faça a sua própria análise pessoal e o encadeamento das lembranças próximas ou passadas e até sentimentos. Isso tudo auxiliará o terapeuta na descodificação da mensagem até chegar o mais próximo possível do seu conteúdo original.
Diga-se de passagem que na outra terapia anterior que eu frequentei notei tudo isso acontecia durante as sessões. Com o tempo, eu mesmo já havia feito uma reflexão quando acordava. Depois quando estava durante uma sessão de terapia, eu apontava para o meu terapeuta o que eu já havia sacado.
Ainda, segundo o autor, o sonho é uma forma de pensamento. Isso me estimulou a cada vez mais a registrar os meus sonhos e, posteriormente, postá-los neste espaço virtual. Hoje já penso comigo mesmo: “por que desperdiçar este bem que me pertence!”. Inclusive quando travei uma conversa com uma pessoa sobre este meu blog, comentei esta mesma afirmação freudiana. Em seguida, ouvi do meu interlocutor uma conclusão espantada e admirada: “nossa! agora irei prestar mais atenção nos meus sonhos”.
Outra crença importante que eliminei com a leitura deste livro foi a de que o sonho atrapalhava o meu sono. Freud mostrou, o contrário, pois segundo ele quando sonhamos é sinal de que estamos na fase mais profunda da atividade onírica. Então, posso não ter tido um bom sono por outros problemas, tais como a falta dinheiro, aluguel, contas atrasadas, etc.
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24/11/2011 – Conforme combinado anteriormente comentarei algumas impressões pessoais do Livro dos Sonhos de Jack Kerouac. Li a tradução publicada pela LPM Pocket. Este autor foi um dos líderes do movimento beat que aconteceu nasceu nos EUA nos anos 50 do século passado.
Este mês terminei a segunda leitura desta obra. Eu me apoiei nela inúmeras vezes para solucionar algumas dificuldades pessoais para descrever as minhas imagens oníricas. Também pude notar algumas semelhanças com a minha atmosfera onírica. Ou seja, o começo de uma estória e, de repente, tudo muda sem pedir licença. Também os absurdos também são presentes. Têm coisas que eu lembro e pergunto a mim mesmo: ! isto tem lógica?”.
Fui apresentado à Kerouac por meio de um poeta que viveu o movimento beat e também escreve muito sobre ele e seus principais representantes. Este mestre da poesia também foi um dos primeiros a me orientar na arte de relatos oníricos. Também li On the Road e assisti documentários e palestras sobre a Kerouac. Então, por isso, recomendo a todos que não deixem de ler esta obra. Lá você verá alguns personagens que ele criou em outros livros em situações inusitadas.
O Livro dos Sonhos foi uma das obras inspiradoras deste blog. Muita coisa relacionada à forma de narrar relatos oníricos aprendi ali. Procurei aprender e não apenas copiar ou plagiar. Também ri muito de algumas passagens que são hilárias. Ou seja, há muitas situações ali que quando olhei para o conjunto dos meus sonhos, eles também não ficam atrás.
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16/11/11 – Subverterei a ordem de sugestão literária prometida no texto anterior por uma causa nobre. E por um motivo especial, pois quero agradecer ao mentor espiritual que dá o nome deste blog.
Tudo começou ontem à tarde quando caminhei pelas ruas do meu bairro. Subitamente me veio à cabeça o nome de uma coleção sobre mitologia grega que li este ano. O nome dela é Mitologia Helênica de Menelaos Stephanides, publicado pela Editora Odysseus.
São oitos livros maravilhosos. Mas nenhum deles é dedicado a Morfeu. Mas ele aparece em algumas passagens ao longo das obras. O trabalho é gosto de ler. E a linguagem é clara, acessível e agradará tanto quem não conhece ou quer conhecer mais sobre os Deuses e Heróis Gregos.
A minha conclusão é que Morfeu, ao contrário de Hermes que é por excelência o mensageiro objetivo, seria o carteiro subjetivo. Já que Deuses o incumbem de enviar alguma mensagem para os humanos por meio dos sonhos.
Nas obras você descobrirá um pouco o seu método de ação. E isso foi por isso que o meu blog possui este nome. Eu estava contaminada por essa leitura. Aliás, não confundam este Deus com o personagem do filme Matrix. Procurem nos DVD´s e chequem a grafia do nome deste último que foi criado por Hollywood.
Depois que criei este blog, dei um Google no nome Morfeu. De repente, matei outra charada: Morfeu, vem da palavra morfo que significa forma. Ou seja, Ele não aparecia de rosto aberto para os heróis e heroínas e sim transformado em alguma pessoa próxima.
É o que eu havia lido na coleção de Stephanides. Então, não direi em qual dos oitos livros ele aparece para que evitemos as tais zonas de conforto. Todos eles traram algum ensinamento para quem se atrever a lê-los. Boa leitura e bons sonhos.
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15/11/11 - Tenho lido algumas obras interessantes relacionados ao tema onírico. Mas acontece que algumas vezes vi a ação dos dedos do acaso. Este ano topei com duas obras que só descobri essa particularidade quando comecei a lê-las.
Uma delas foi o Frankenstein de Mary Shelley. Fiquei surpreso que a autora matutou a ideia mentalmente após abertura do concurso. Até que numa noite ela viu em sonho a cara da criatura.
A outra foi A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson. Segundo o que li na introdução, o autor sonhava e, de repente, a mulher dele o acordou. Stevenson deu uma bronca na esposa por interrompido a visão. Então ele resolveu sentar e escrever aquela no papel do começo ao fim.
O sucesso nem preciso dizer. Já até hoje conhecemos as estórias de piratas por meio da recontagem desta obra.
Vale destacar que no início coloquei títulos para os meus sonhos. Mas eu havia recebido alguns textos de um poeta que conheço. Neles li alguns relatos oníricos feitos por Paul Elouard, um poeta francês. Foi então ao reler aquele material, resolvi que apenas colocar a data dos sonhos bastaria.
Também li Alice no País da Maravilhas, de Lewis Carrol. Nele também vi certos absurdos semelhantes aos meus sonhos. Uma das coisas que me surpreendeu foi a sensação estranha que senti quando a Alice se transformou em cobra. O autor não avisa que isso aconteceu. Subitamente a leitura o meu cérebro acusou o que acontecia. Na hora pensei em pular este trecho. Mas ao mesmo tempo achei melhor continuar, pois sabia da minha fobia animal.
Não posso esquecer também do Drácula de Bram Stoker que já mencionei na página Fatos e Boatos da Realidade. Lá também já contei que estou lendo A interpretação dos sonhos de Freud. Não adiantarei nada. Mas posso dizer a todos que tenho utilizados inúmeros recursos que encontrei em algumas obras que li e outras que estão na minha lista de espera para ler.
E, por fim, fique à vontade para me indicar obras que você conheça. Prometo que as procurarei para consumo interno e também as divulgarei. Já que uma das propostas deste blog é proporcionar meios de trocas de informações para melhorar a vida de outras pessoas.
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