Horário de registro: 07h24. Sonho confuso e truncado. Estou acompanhado de duas figuras estranhas. Nós viemos trabalhar em Jacareí no Interior Paulista em uma pesquisa domiciliar. Noto que estamos parados em alguma rua da periferia da cidade.
De súbito a mulata alta, magra balzaquiana me questiona sobre arruamento estreito do centro. Fico feliz ao repassar a eles os o meu conhecimento histórico daqui. Explico que aquele arruamento era herança colonial. E que se eu tivesse grana não compraria uma casa na região central, mas nesta região que, apesar de periférica, possuía casarões padrões estadunidense.
A seguir aponto o meu dedo indicador direito para alguns sobrados da circunvizinhança. Noto que aquelas construções madeira com seus jardins e arbustos.
A seguir aponto o meu dedo indicador direito para alguns sobrados da circunvizinhança. Noto que aquelas construções madeira com seus jardins e arbustos.
Não sei quanto tempo se passou, mas o que sei ao certo é que eu os meus dois colegas estamos instalados em algum hotel. Aliás, percebo que o segundo personagem, que me parece ser um homem, tem sempre se mantido esquivo. Quanto a mim sinto que não pretendo examiná-lo como de costume.
De súbito, estamos travando um debate sobre a questão racial na sociedade brasileira. Em tom de insatisfação afirmo que não devíamos nos iludir com o fato da atriz Taís Araújo ser a protagonista de uma novela da Rede Globo. Sinto que na minha interioridade penso que enquanto nós os negros não criarmos outros espaços alternativos na mídia essa hegemonia do padrão global perdurará por muito tempo.
De súbito, a mulata se levanta da cadeira como querendo dizer meio que ela é prefere uma postura oposta a minha: a de sepultar o debate forma “tucana”. Em tom conclusivo, exemplifica que por algum motivo qualquer ela havia criado os filhos de uma maneira tal e tal.
De repente, estou indo em direção a uma janela qualquer do ambiente. E fico girando o pescoço para todos os lados e me deparo do lado de fora com a vista de uma marina. Estremeço e estranho o fato de ver ali um oceano e não uma lagoa ou mesmo o próprio rio Paraíba do Sul.
Mais uma vez faço um giro exploratório da região circunvizinha é percebo que ela é cercada de grandes mansões como a que havíamos visto antes.
Então, me reporto aos meus colegas e lhes dirijo uma reflexão após esta última vistoria local. Em tom conclusivo comento aos meus interlocutores que agora entendo a razão da existência de tantas mansões na região. Quando a mulata se aproxima de mim a questiono o que ela vê do lado de fora da janela.
Então, me reporto aos meus colegas e lhes dirijo uma reflexão após esta última vistoria local. Em tom conclusivo comento aos meus interlocutores que agora entendo a razão da existência de tantas mansões na região. Quando a mulata se aproxima de mim a questiono o que ela vê do lado de fora da janela.
A minha interlocutora se prostra na janela para espionar a paisagem com seus próprios olhos. Algum tempo qualquer me dirijo a minha colega e questiono se ela também viu a marina. Fico com a impressão que ela balança a cabeça em tom positivo.
Aí sou eu que volto a olhar de forma temerosa aquele manancial. Em segredo temo que na verdade estava acontecendo alguma enchente silenciosa. E só imaginar que essa suspeita possa ser verdade me deixa ainda mais apreensivo sobre aquele mistério.
Aí sou eu que volto a olhar de forma temerosa aquele manancial. Em segredo temo que na verdade estava acontecendo alguma enchente silenciosa. E só imaginar que essa suspeita possa ser verdade me deixa ainda mais apreensivo sobre aquele mistério.
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