Horário de registro: 04h30. Encontro-me no pasto ao lado da casa onde cresci. E minha mãe está trabalhando aqui. Também estou com a impressão de que estamos em plena estiagem, pois vejo que as folhas da vegetação estão secas. Com exceção as de um mamoeiro que vejo há uma distância qualquer de nós. E ele também esta carregado de mamões grandes. Além disso, ele nasceu rente da cerca lindeira à estrada municipal.
Estou travando uma conversa com a minha mãe. Eu lhe pergunto se ela fez o doce de alguma coisa. Mas, ela dá sinais que não compreende o que falo. Então, compreendo que há algum ruído na nossa comunicação.
Decorrido algum tempo qualquer minha mãe entende o que eu quero dizer. Agora estou apontando o dedo para aquela planta vibrante. Ainda, que o mamoeiro parece estar envolto de cipós secos. Desconfio que aquela ramagem é uma espécie de camuflagem que o tornava invisível no ambiente.
Subitamente, minha mãe pára o serviço e juntos vamos em direção ele. Mais perto dele vejo que nasceu no valo que drena as águas pluviais da estrada para o interior daquele pasto. Cheguei mais perto e noto que ele é na verdade um pé de mexerica ponkan.
Essa árvore me recorda uma das minhas preferidas mexeriqueiras do quintal da minha tia vizinha paterna. Fico até com a impressão de que estou relembrando até do gosto de mexerica.
Desvio o meu olhar para o valo parece ser mais profundo do que o é na realidade. E a mexeriqueira também possuía caule fino. Mas, a copa estava carregada de frutas.
Eu e minha mãe estamos apanhando algumas mexericas. Fico com a impressão de que, na verdade, de que é a planta que se curva para nos oferecer suas frutas.
Tenho conversado comigo que não posso me esquecer de espalhar aquelas sementes em vários pontos do pasto para que venham a nascer outras mexeriqueiras. Como certamente havia acontecido com este pé que, a meu ver, seria semente daquele pé do quintal da casa da minha tia.
Tenho conversado comigo que não posso me esquecer de espalhar aquelas sementes em vários pontos do pasto para que venham a nascer outras mexeriqueiras. Como certamente havia acontecido com este pé que, a meu ver, seria semente daquele pé do quintal da casa da minha tia.
De repente, começa uma cantoria coral. Fico escutando esta canção que me lembra o “Tourdion” que cantei inúmeras vezes pelos meus antigos grupos corais. Sendo que minha mãe começou a embalar a mexeriqueira também. Ela a pega pelos galhos da copa e as girava para todas as direções.
Eu contemplo isto sorrindo. Além disso, confusamente eu me lembrei que minha mãe também havia participado de um dos grupos corais que eu havia participado, o que justifica o fato de ela estar cantando com desenvoltura aquela canção tradicional francesa. É espantoso como uma rápida passagem naquele grupo coral foi capaz de produzir esses efeitos em minha mãe.
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