Estive na casa dos meus pais na cidade onde cresci. Naquele momento estive preocupado em arrumar um emprego. Então tive a idéia de procurar algumas organizações não governamentais. Uma dessas entidades além de responder ao meu pedido também enviou uma representante até a casa dos meus pais para conversar comigo. Quando fui atendê-la, marchei do portão até a porteira que ficava ao lado de uma paineira centenária.
Lá encontrei uma moça, morena, gorda e estava com um grande mochila nas costas. Não sei como o meu irmão Émerson que é advogado também participou dessa entrevista. Sentamos os três grandes nas raízes da paineira centenária.
Em seguida, a moça falou algumas coisas preliminares. Depois abriu a sua mochila e dela tirou algumas folhas. E as mostrou tanto a mim quanto ao meu irmão. Tive a impressão de que era uma espécie de contrato de trabalho. Naquelas páginas foram impressas algumas normas do termo. Quando peguei para lê-las, notei que a disposição gráfica parecia ser um poema concretista.
A medida que folhei aquele material, comecei ver que as palavras foram substituídas por fotos eróticas coloridas. Mas os corpos dos modelos não apareciam de forma nítida.
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