6/25/2011

Sonho (da noite do dia 17 para o dia 18 de setembro de 2009)

Encontrei-me ao lado de uma criança desconhecida no topo de uma cordilheira. Notei que nós estávamos deslumbrados com aquele strip tease do horizonte.

No fundo vale havia um imenso lago desmaiado. Compreendi que era por causa dele que a luminosidade era tão forte naquele lugar. Sem combinarmos, eu o garoto decolamos numa espécie de asa delta.

Durante o voo toquei o lago com as minhas mãos. Foi então que senti uma espécie de película estendida sobre o espelho d' água. Quando ela foi puxada, constatei que a sua espessura era semelhante a de um tapete. Mais o fato de ser incolor impediu que ela fosse detectado por mim antes de saltar. Não sei por qual motivo, em pleno voo, enrolei aquela membrana tal qual faço com rocamboles.


Quando eu terminei a tarefa, eu vi diante de mim um gigante boneco transparente. Quando fui interrogá-lo, o garoto jogou uma bomba no corpo do monstro. E ele foi para o Hades.

Novamente me reencontrei, no topo de uma montanha. Agora, de alguma forma, eu sabia que era localizada nos Estados Unidos. Só que desta vez, eu tinha a visão panorâmica de uma densa floresta. Protegia o meu rosto do sol e do vento com as minhas mãos enquanto olhava aquele paraíso.

Contudo, o rumor de uma conversa entre dois jovens me despertou. O cerne da questão era um trabalho acadêmico. Mudei o foco da minha atenção para aquela conversa.

Rapidamente descobri que só um dos garotos havia concluído o trabalho de uma disciplina da faculdade. Eu passei a ser um dos rapazes do diálogo. Depois que ouvi as súplicas do meu colega resolvi não auxiliá-lo naquele momento. 

O meu colega retomou o pedido de ajuda. Gastou muita saliva para me convencer. Disse-lhe que faria o possível. Até ignorei a minha intuição que dizia esse favor seria o décimo terceiro trabalho de Hércules.

Então peguei uma caneta e papel. O meu amigo atendeu o meu pedido e leu o seu trabalho. Doeu ouvir o raciocíno do meu amigo que estava completamente sem foco. A postura agitada do meu amigo também denunciou que ele ficou incomodado com a minha transparência.

Logo em seguida, reli o mesmo texto em voz alta. Com essa atividade fiz as correções gramaticais pertinentes.

Notei que o preguiçoso não tinha gostado nem um pouco das minhas correções. Tentei acalmá-lo para dar continuidade a tarefa. Disse-lhe que nem tudo estava perdido. De supetão, reinciei o que seria a segunda parte do trabalho.

Mas o folgado resmungou furiosamente. Disse-me que nem havia cogitado como terminar o trabalho. A partir daí, ele mostrou uma postura de rebelde sem causa. Deu socos no ar. Disse-me para me fazer sentir culpado que mandaria tudo a m..... Falou rispidamente que não iria fazer mais nada.

Ainda debochou de mim ao dizer que entregaria o trabalho daquele jeito. Insisti diplomaticatimente na retomada da nossa atividade, porém foi em vão. O meu amigo foi embora.

Tempos depois, notei um clima tenso na cidade. Descobri que a minha cabeça estava a prêmio. Até o meu colega preguiçoso e o pai dele queriam a minha cabeça.

Assustado com aquela noticia, notei que eu era o único que desconhecia o crime eu havia cometido. Na delegacia descobri que sou acusado de ter cometido dois delitos: o de não impedir que o meu amigo fosse reprovado na faculdade. E o de ter matado uma mulher. 

As informações que colhi indicavam que a perícia encontrou uma única pista no local do crime. Nesse momento, do nada, começou a exibição de imagens do sistema de segurança do prédio. Uma das câmaras registrou a entrada de um homem não identificado no local do crime.

Vi que o suspeito no dia do crime vestiu um sobretudo cinza e um chapéu panamá da mesma cor. Mas nenhuma câmara flagrou o rosto do assassino. Depois de eu ter visto aquelas imagens percebi que corria perigo. Procurei para um esconderijo. Enquanto a cidade entrou num clima fechado. Muitos queriam fazer justiça com as próprias mãos.

Logo depois, entrou em cena um rapaz desconhecido. Ele caminhou calado pelas ruas. Durante o seu trajetou, observou atentamente toda aquela agitação nas esquinas. Em um determinado, ele foi despertado pelo meu amigo e pelo pai dele.

Ambos pararam o estranho com o intuito de obter informações sobre mim. Inicialmente o rapaz sinalizou com gestos que não sabia nada sobre mim. Logo em seguida, pai e filhos fizeram uma descrição da minha pessoa para aclarar a memória do estranho. Este apontou decididamente o seu braço direito para uma direção. No mesmo instante, os meus perseguidores partiram na captura da minha pessoa.

Quando o visitante olhou para a outra esquina, enxergou um religioso. Este seguia tranquilamente em sua direção. Quando ambos se cumprimentaram, o rapaz interpelou-o sobre mim. O pastor respondeu tranquilamente que nada sabia sobre meu paradeiro. E tencionou ir embora.

Mas o moço falou algumas palavras mágicas. E ambos foram levados para outra dimensão. Lá o estranho de pe fez outra prestidigitação. Enquanto o pastou ficou sentado numa cadeira uma luz atravessou-lhe a cabeça e incidiu na parede. Como mágica, mais imagens inéditas do dia do assassinato foram exibidas.

Elas exibiram alguns momentos que antecederam o enterro da mulher assassinada. Vi que uma mulher adentrou discretamente no velório com um véu na cabeça. Como não quisesse ser vista por ninguém. Na sequência entrou o pastor.

O mistério foi desvendado: quem premeditou aquele crime tinha sido o casal e não eu. Ambos receberiam o dinheiro do seguro de vida que estava em nome da mulher. Na verdade, os comparsas nunca se separaram. A esposa do pastor utilizava uma peruca como disfarce.

Nesse momento o balconista da loja do pastor entendeu porque ele nunca se simpatizou com a nova empregada da casa. Esse funcionário estranhou a rapidez do namoro entre o pastor e a empregada. O empregado flagrou o casal inúmeras situações constrangedoras. Eles sempre estavam de beijinhos e de abraços pelos cantos da loja. Então, todos souberam da verdade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário