Voltei a pé da escola para casa. Há poucos metros do portão da casa da minha tia. Quando algo no outro lado da cerca me chamou à atenção. Parei a minha marcha e investiguei o terreno. Abri o caminho com os pés. De repente, descobri um ninho de galinha abarrotado de ovos. Ele estava bem camuflado pela vegetação.
Fiquei muito feliz, pois levaria aquela ninhada para casa. Mas, lembrei que ali passeavam as galinhas da minha tia. Logo deduzi que eles não pertenciam a minha mãe. Mas mesmo assim decidi que iria levá-los para a dona deles.
Fiquei muito feliz, pois levaria aquela ninhada para casa. Mas, lembrei que ali passeavam as galinhas da minha tia. Logo deduzi que eles não pertenciam a minha mãe. Mas mesmo assim decidi que iria levá-los para a dona deles.
Mas quando peguei os primeiros ovos, fiquei intrigado com eles. Quando os olhei bem de perto notei que alguns eram realmente de galinha, já alguns nem tanto. Nem mesmo a terra e os gravetos grudados nas cascas enganaram os meus olhos. Senti uma grande repulsa naquele momento.
Em seguida, devolvi tudo imediatamente ao seu devido local. Também decidi manter tudo em segredo absoluto. Mas monitoraria aquela ninhada daquele dia em diante. Não possu´´ia certeza de que ali só chocariam pintinhos.
Foi aí que percebi um vulto que remexeu a vegetação de forma ligeira. Naquele momento imaginei a dona daquele ninho havia chegado. Ela ficou numa posição de ataque para defender aqueles ovos com bicadas. A criatura ficou escondida nas proximidades do ninho.
Subitamente, ela saiu do seu esconderijo e, perguntou-me o que eu fazia ali? Procurei conquistar a confiança dela para saber quem ela era? Descobri que o nome dela é Caela. Eu estava mal educado nesse dia, que nem me apresentei. Caela possuía uma voz de taquara rachada.
A nossa conversa foi interrompida por outra criatura. Ela se apresentou como Caluca. Tive vontade de anotar aqueles acontecimentos.
Pedi licença para as duas criaturas. Meus dedos fuçaram o fundo da minha mochila em busca de uma caneta.Em seguida, catei no chão um guardanapo de papel úmido e sujo de barro. A caneta falhava em alguns momentos. Mas fui persistente. Anotei os nomes das estranhas criaturinhas.
Nesse ínterim, um carro estacionou a nossa frente. Caela pede para descrevê-lo. Também disse a ela que o motorista era uma moça morena, cabelos lisos, gordinha e sorridente.
Algum tempo depois, ela também atravessou a cerca e sentou próximo de nós. Caela e Caluca agitaram as touceiras de felicidades. Perguntei secamente o que aquela moça fazia na vida? Ela se apresentou como estudante. Questionei qual o nome da sua faculdade? A moça disse-me sorridente que estudava na Unifunk. Em seguida, falei que aquele nome não me era estranho.
Ao contrário de mim, a moça era educada. Notei que ela não perdeu o bom humor apesar das minhas investidas. Por isso, mantive a sabatina.
Ainda queria saber o que ela estudava? Ela iria me responder se não fosse interrompida pelos gritos de uma terceira criatura. Ele era um ancião.
Não deu tempo dele falar nada, pois ouvimos o barulho de um outro carro. O veículo estacionou alguns metros atrás de nós. Mas agora, as criaturas ficam com medo. Elas disseram que eles eram inimigos. Quando olhei em direção do automóvel, vi que dentro dele estavam dois caras mal-humorados.
Mantive a calma. Ainda segundo as criaturas aqueles estranhos eram capangas de uma empresa. E eles estavam ali para capturá-las.
Em seguida, o ancião sugeriu que nós andássemos pela estrada distraidamente em direção a eles. Foi o que fizemos. Eles estavam de paletó e gravatas, com óculos escuros. Olharam pela vegetação dos barrancos da estrada. Mas nos ignoraram. Depois de avançar mais alguns metros, vi que a dupla retornou para o carro e partiu.
Depois perguntei ao ancião se ele esclareceria as minhas dúvidas sobre aqueles estranhos acontecimentos. Ele me pede para seguí-lo. Nós entramos na outra estrada que bifurcava antes de chegar a minha casa. Por ela avançamos.
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