7/24/2011

Sonho (data mais provável seja alguma noite de maio de 2010)

Estive num dos pastos do sítio onde morei. Encontrei-me em pé, parado enquanto vistoriei o entorno. A beleza cênica do ambiente era hipnotizante. Tudo aquilo colocou um sorriso no meu rosto.

Subitamente, topei com um adulto. Um sujeito negro e alto. No seu rosto havia algo de enigmático e familiar. Em todas às vezes que procurei identificá-lo, algo retirou a nitidez da sua fisionomia. Constatei apenas que esse ancião era parecido com o meu irmão abaixo de mim. Ele era sorridente e tanto a barba quanto os seus cabelos eram grisalhos.

Quando acorde daquele estupor já havíamos feito uma boa caminhada pelo pasto. O  ancião foi o guia durante todo o trajeto. Ao longo da caminhada, verifiquei a paisagem do pedaço. Notei que seguíamos pelos trilhos esculpidos pelos cascos das vacas. De um lado avistei as mangueiras. Mais à frente, ficava o pé de tamarindo da minha infância.

Subitamente, o ancião abriu uma porteira para chegarmos ao outro pasto. Lá fizemos uma parada em frente a um matagal fechado. Na sequência, o ancião utilizou as suas mãos para se desvencilhar dos arranha-gatos. Estes formavam uma extensa trama verde que cobria desde a copa das árvores até o chão.

Repeti os mesmos movimentos que o guia fez para me entranhar por entre os arbustos. Tempos depois chegarmos ao topo de uma montanha.

Lá de cima avistei a minha casa no sopé. Fiquei surpreso e extasiado com aquela visão desconhecida da minha casa. Ela brilhava como se fosse uma pedra preciosa. De repente me toquei que seria necessário mapear o trajeto feito juntamente com o ancião.

Refiz mentalmente o nosso percurso desde a saída até a chegada inúmeras vezes. Durante essa operação, uma luz neón azul contornou o esboço do meu mapa mental. Voltamos quando me convenci de que a informação estava salva na minha memória.

De volta ao ponto de partida, tanto eu quanto o ancião já tínhamos passado para o papel o mapa da nossa caminhada. Fiz uma última revisão de cada traçado do meu mapa. Também fui auxiliado nessa atividade pela luz neon. Mas, conclui que o meu mapa estava incompleto.

Para completá-lo tomei o mapa do ancião. Ele não esboçou nenhuma reação com a minha atitude. Então fiz uma sobreposição dos mapas. Nesse momento também contei com o apoio daquela estranha luz neon.

Apareci de alguma forma na sala da casa dos meus pais. Na minha frente havia um aparelho de audiovisual. Uma mistura de rádio, de televisão, de DVD, etc. Meu pai cochilava no sofá.

Fui surpreendido com o voo de um CD para dentro daquele aparelho. Captei uma súplica telepática daquele equipamento. Ele queria que eu soubesse de algo contido em suas trilhas.
Mas não consegui ligá-lo, pois os seus comandos estavam escritos em uma língua desconhecida.

Sem que eu percebesse, meu pai acordou. Levantou e sem falar nada apertou a tecla certa. Depois ele saiu da sala. Fiquei só com a máquina. Voltei a minha atenção para as cenas que o vídeo exibia.

Havia casal que estava em uma lancha no meio do oceano. Ao mesmo tempo recebi uma sinopse mental desse enredo. Fui informado de que esse rapaz convidou aquela moça para um passeio de lancha. Só que ele tinha segundas intenções e aproveitava o momento para seduzí-la.

Em outro local, avistei um rapaz dentro de uma cozinha. Ele mexeu o conteúdo dentro de uma panela com uma colher de pau com uma das mãos. Enquanto que na outra segurou um celular.

Também notei que ele conversou com uma amiga da minha mãe. Saquei que ele era mentiroso e sem vergonha. Durante a conversa ele fez caras e bocas para enganar a sua interlocutora.

Logo em seguida, ele desligou o seu celular todo feliz. Depois fez o mesmo com o fogo. Imediatamente, jogou aquele preparado no piso com uma concha. Aquilo escorreu por uns degraus de uma escada.

Também fui informado por uma mensagem espiritual que aquilo tudo era premeditado. Aquele material apagaria as pegadas do rapaz. Quando voltei a si, o jovem já tinha dado uma boa arrancada. Sigo-o mentalmente.

O final daquela escadaria era uma grande sala no subsolo. O rapaz parou no último lance da escada. Depois olhou em direção do laboratório. Lá havia um pessoal todo de jaleco como fosse um laboratório.

O rapaz respirou fundo, endireitou a sua postura e recomeçou a corrida. Segui em direção a portaria da entrada de um saguão.

Foi então que destaquei daquela multidão vestida de jaleco, duas moças. Uma delas parou a conversa com a amiga e observou a movimentação do estranho.

Imediatamente, ela também começou a segui-lo. A partir daí o ritmo dos acontecimentos  ganhou uma velocidade maior. O rapaz passou velozmente pela catraca, porém a moça não. Ela teve a sua passagem bloqueada inúmeras vezes. Tal qual uma porta giratória de banco que emperra quando ela detecta algum metal em você.

Em outro momento seguinte, fui alertado telepaticamente de que o rapaz libertou algo ou alguém de algum local. E, agora ele levava-o consigo todo feliz por um novo caminho. Tanto eu quanto a outra perseguidora mantivemos uma distância segura do rapaz para não assustá-lo.

O rapaz acelerou ainda mais a velocidade de sua corrida. Em questões de minutos ele percorreu inúmeros caminhos desconhecidos. Houve um momento que só foi possível acompanhar o seu vulto durante a perseguição.

Por fim, o jovem intrépido entrou no meio de um rochedo. Quando cheguei lá notei que na verdade, lá havia uma passagem secreta. Também encontrei algumas pessoas totalmente desconhecidas. Descobri em um canto mais uma passagem subterrânea. Desci aqueles degraus daquele recinto escuro.

Num trecho qualquer do percurso, cheguei a uma sala onde havia algumas pessoas que pareciam ser ciganos ou coisa assim. Notei que eles falavam e cantavam algo parecido em espanhol.

Mas não parei a minha corrida para observá-los. Quando sai do labirinto sou surpreendido por uma paisagem paradisíaca de uma praia maravilhosa que refletia uma luz fantástica que me paralisou.




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