Estive em companhia do meu irmão Émerson de um filho dele, que me pareceu estranho. Somos turistas e o nosso guia nos levou até o topo de um penhasco. Lá embaixo, avistei um grande lago. A paisagem do entorno também era realmente extraordinária.
Na hora peguei a minha câmera digital da mochila e registrei aquele cenário. Mas o meu sobrinho não se contentou em apenas olhar. Aproveitou a nossa desatenção e desceu rapidamente o penhasco. Depois entrou com roupa e tudo na água.
Logo depois programei a máquina para ver as fotos gravadas no cartão de memória. Mas ela começou a fotografar por conta própria.
Fiquei irritado com aquele atrevimento mecânico. Quando Émerson vi que eu travava uma, me orientou para que eu retomasse o controle da máquina.
Contudo, a reconquista durou pouco, pois algum tempo depois a câmera se rebelou novamente. Só que dessa vez ela exibiu fotos anteriores as minhas. Vi uma delas com mais detalhes.
Nelas vi uma das minhas tias ao lado de um jovem guia indiano em um ponto turístico. Ela estava vestida com os trajes típicos daquele País. Ela estava com um grande sorriso. Foi depois de exibir essa galeria de fotos que a máquina me deixou ver as minhas.
Repentinamente gritei para o meu irmão: "cadê o seu filho?". Émerson desceu em disparada pelo penhasco e gritou inúmeras vezes o nome do garoto.
Desci logo atrás. Meu irmão entrou na água. Vi livros boiarem e serem levados pela correnteza. Mas eu não entrei no lago.
Momentos depois ambos voltaram. Em seguida, repreendi o meu sobrinho com as seguintes palavras: "nunca nade em um lago desconhecido. Ninguém sabe se ele é raso ou profundo? Podem haver muitos perigos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário